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Única praia deserta de Balneário Camboriú é vendida por R$ 31,5 milhões; entenda

Terrenos fazem parte de Área de Preservação Ambiental (APA). Local prevê restrições de construções e permanência, ao contrário do restante do municíp...

Única praia deserta de Balneário Camboriú é vendida por R$ 31,5 milhões; entenda
Única praia deserta de Balneário Camboriú é vendida por R$ 31,5 milhões; entenda (Foto: Reprodução)

Terrenos fazem parte de Área de Preservação Ambiental (APA). Local prevê restrições de construções e permanência, ao contrário do restante do município, que é conhecido pela ostentação e prédios luxuosos. Conheça as praias de Balneário Camboriú A única praia ainda deserta e intocada em Balneário Camboriú, cidade conhecida pela ostentação e arranha-céus milionários no Litoral de Santa Catarina, foi vendida por R$ 31,5 milhões pela Caixa Econômica Federal, segundo a empresa que arrematou os lotes. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O leilão que colocou à venda a área de quase 600 mil metros quadrados na Praia de Taquarinhas terminou em 1º de novembro de 2024, informou o banco, em nota. Segundo a empresa que adquiriu a área, os projetos para o local incluem um parque de observação e interação com aves (leia mais abaixo). Taquarinhas integra a Área de Preservação Ambiental (APA) Costa Brava, e um decreto da prefeitura de 13 de março de 2019 reconheceu a necessidade social de instituir uma Unidade de Conservação de Proteção Integral na região da praia, reforçando seu caráter de preservação. Os seis terrenos inclusos na praia pertenciam a uma construtora do Paraná, que colocou a área como garantia de um empréstimo feito com a Caixa. Como o projeto de um hotel não foi autorizado no local, o valor do empréstimo deixou de ser pago e o banco tomou os lotes. Em 2019, a Caixa chegou a levá-los à leilão, mas não houve interessados por causa das restrições construtivas. Única praia deserta em Balneário Camboriú, Litoral Norte de SC Patrick Rodrigues/NSC Restrições 🚫 Nessas áreas, a ocupação humana permanente é proibida. ✅ É permitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, segundo o município, como: Educação ambiental; Pesquisa científica; Turismo ecológico. Piscinas naturais em praia deserta de Balneário Camboriú Patrick Rodrigues/NSC 🌊 Paraíso escondido, sossegado Limpa, intocada e com fortes ondas, a praia de Taquarinhas, contrasta com o movimento da Praia Central, que passou por alargamento na faixa de areia para atender o grande público que se acumula especialmente durante a temporada de verão e feriados de festa. A praia conta apenas com duas lixeiras e um rancho de pescador, além de piscinas naturais. Ela também não tem guarda-vidas. Placas alertam para a atenção dos banhistas. Leia também: Maior arranha-céu residencial do mundo levará nome de piloto em Balneário Camboriú Balneário Camboriú tem 8 arranha-céus residenciais entre os 10 mais altos do país Entenda: por que Balneário Camboriú é conhecida como 'Dubai brasileira'? A orla fica escondida atrás da vegetação, às margens da Avenida Rodesindo Pavan, e tem pouco mais de meio quilômetro. É possível vê-la de um mirante e acessá-la por uma íngreme escadaria construída nele (foto abaixo). Outra opção para desfrutar do paraíso deserto é chegar por uma pequena trilha, caminho aberto pelo morador da única casa que dá acesso ao mar, mais à frente. Projeto Praia deserta pode ser vista de mirante em Balneário Camboriú Patrick Rodrigues/NSC O empresário Marcos Gracher, da Biopark Gestão Sustentável, que arrematou os lotes, disse que os projetos para a área incluem um parque de observação e interação com aves. A inspiração é o Parque das Aves, em Foz do Iguaçu (PR), focado em conservação de aves da Mata Atlântica. "Além do Parque das Aves, a ideia é ter trilhas, por exemplo. Como a área de Taquarinhas é bastante extensa, faremos agora uma pesquisa de campo, pelo Brasil e pelo mundo, em parques ambientais, para avaliar outros projetos que também podem ser incorporados", contextualizou. Segundo os dados cadastrais, a empresa atua em reservas ecológicas e parques temáticos. "A cidade comporta esse tipo de atração, um parque integrado à natureza. Hoje, com o avanço da contrução civil, são pouquíssimas as áreas disponíveis para isso", avaliou. Nota da Biopark Biopark Gestão Sustentável Ltda., estabelecida em Balneário Camboriú, atuante em jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais, reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental, dentre outras atividades culturais e de meio ambiente, confirma que arrematou em leilão, promovido pela Caixa Econômica Federal, cerca de 600.000 m2 de terrenos na Praia de Taquarinhas, com o propósito de implementar um grande parque de preservação, com visitação controlada de turistas”. A empresa tem plena consciência de que o local é uma área de preservação e esse foi o principal motivador da aquisição, pois iremos tratá-la como tal. Em breve convidaremos para uma coletiva de imprensa, onde serão apresentados maiores detalhes do futuro empreendimento turístico-ambiental. Nota da Caixa A CAIXA informa que, atualmente, o portal de vendas Imóveis CAIXA (http://www.caixa.gov.br/imoveiscaixa/) dispõe de 27 mil ativos imobiliários, ofertados nas diversas modalidades de venda, dos quais 179 estão localizados no Estado de Santa Catarina. O processo de venda é dinâmico, e o prazo de disputa é acompanhado pelos interessados em cada uma das ofertas anunciadas. O ativo conhecido como Praia de Taquarinhas foi ofertado por meio do procedimento de número 3010/0124, que encerrou no último dia 01/11/2024. Os resultados de todas as ofertas realizadas pela CAIXA são divulgados ao público em geral por meio do seguinte endereço: https://venda-imoveis.caixa.gov.br/sistema/resultado-licitacoes.asp?sltTipoBusca=resultados. O banco informa ainda que os ativos imobiliários ofertados pela CAIXA por meio do seu portal são aqueles recebidos como garantia de crédito imobiliário ou comercial, em decorrência de adjudicação ou arrematação, consolidação da propriedade, recebidos como dação em pagamento ou, ainda, de imóveis CAIXA que eram de uso e deixaram de ter finalidade operacional, e são registrados como ativos não financeiros mantidos para a venda – AMV. Os imóveis AMV são necessariamente destinados à alienação, conforme Resolução CMN nº 4.747, de 29/08/2019. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias