Na semana de combate ao AVC, paciente do HSJosé promove exposição de quadros na instituição

Rosinete Albino Berto, no início do ano, esteve por 15 dias internada para o tratamento da doença e retornou esta semana reforçando sua história de superaç...

Rosinete Albino Berto, no início do ano, esteve por 15 dias internada para o tratamento da doença e retornou esta semana reforçando sua história de superação da doença O dia 26 de janeiro de 2024 marcou um novo período na vida da técnica em ótica, Rosinete Albino Berto. Um Acidente Vascular Cerebral – AVC, impactou toda a sua vida e fez com que ela criasse um vínculo de amor com o Hospital São José de Criciúma. Moradora de Criciúma, ela permaneceu por 15 dias internada na instituição. Foram meses de recuperação, cuidado e novos aprendizados, até que, nesta semana especial dedicada ao cuidado e atenção ao AVC, ela retornou ao HSJosé, em uma condição diferente: como artista expondo suas artes. “Fiquei internada uma semana na UTI do HSJosé e uma semana no quarto. Foram 15 dias internada. Saí do hospital com traqueostomia, sonda e dia a dia fui me recuperando com a ajuda incansável da fisioterapia, fonoaudiologia, entre outros cuidados”, explica Rosinete. Durante todo esse processo, a pintura sempre esteve presente na sua vida. “Eu pinto desde 2021, nesta época sofri uma queda, quebrei o tornozelo e fui obrigada a sair do serviço. Foi quando comecei a pintar. Gostei tanto que sigo até hoje. Faço também trabalhos com um cordão, cordão de sisal, entre outras coisas. Os meus quadros, para mim, significam muito. Foram muito importantes especialmente nessa etapa de recuperação. Fizeram a diferença na minha vida, porque tinham dias que eu acordava triste, aí ia pintar. Pronto, tristeza ia embora. Acordava meio desanimada, às vezes, aí eu ia para a pintura e já melhorava o humor. Posso dizer que minhas artes foram o que me seguraram até hoje”, reflete a artista. Para celebrar o Dia Mundial de Combate ao AVC, lembrado em 29 de outubro, Rosinete foi convidada a expor suas artes ao longo de toda esta semana na Unidade do AVC do HSJosé. “Eu fiquei muito feliz em poder expor no hospital. Principalmente por poder passar essa experiência para as pessoas que estão na mesma situação que eu, e passar para eles uma nova perspectiva. Tudo isso está sendo uma experiência muito especial e importante para mim”, relata. De acordo com a psicóloga do HSJosé, Fernanda de Souza Fernandes, a arteterapia é uma ferramenta valiosa na reabilitação de pacientes que sofreram AVC Divulgação Arteterapia como aliada na recuperação De acordo com a psicóloga do HSJosé, Fernanda de Souza Fernandes, a arteterapia é uma ferramenta valiosa na reabilitação de pacientes que sofreram AVC, pois atua além dos aspectos físicos e cognitivos, proporcionando suporte emocional e um espaço para expressão e ressignificação. “Esse tipo de terapia pode utilizar atividades artísticas como pintura, desenho e modelagem, permitindo que os pacientes externalizem sentimentos e experimentem o processo de criação como uma forma de redescobrir habilidades, reverter limitações e aumentar sua autoestima. No processo de reabilitação, a arteterapia facilita o desenvolvimento de novas conexões neurais e melhora a coordenação motora, contribuindo para o bem-estar e a qualidade de vida. É um recurso que estimula não apenas o corpo, mas também a mente e a alma, promovendo um retorno ao cotidiano com melhores condições adaptativas, autonomia e resiliência. É muito lindo e satisfatório presenciar esse processo”, garante Fernanda. Para a psicóloga, receber uma exposição como a de Rosinete é um poderoso lembrete da importância do trabalho que toda a equipe do HSJosé desenvolve desde a internação. “Sabemos que cada etapa do cuidado é fundamental para a reabilitação, mas, após a alta, muitas vezes não acompanhamos como esse processo de recuperação se desenvolve. A arte da Rosinete nos permite vislumbrar a beleza e a superação de cada fase da sua jornada, refletida nas suas obras. Suas criações certamente inspiram outras pessoas a redescobrirem habilidades e a cultivarem novas formas de enfrentamento na nova fase que o AVC impôs”, finaliza Fernanda.